sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Feijoada Grande Otelo

Feijoada Grande Otelo, morô ? A original idéia dos sócios de um botequim no centro da cidade foi oferecer cinema aos frequentadores do bar com seleção de filmes pré-fixada semanalmente. O cardápio de comes e bebes passeia pelos grandes nomes do cinema nacional e internacional, assim como a decoração temática da casa.



Justíssima homenagem portanto ao grande diminuto artista brasileiro, a feijoada Grande Otelo faz parte do cardápio do Cine Botequim toda 6a feira. 

Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, Otelo participou de pouco mais de 100 filmes entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.



A cerveja sempre estupidamente gelada é outra característica do botequim. Servida em cumbuca e acompanhada de guarnição a porção da feijoada pode ser individual ou para 3 pessoas (serve 4). Senti falta apenas da costelinha que sou fã pois as carnes desmanchavam no garfo e o feijão muito bem temperado. Meu companheiro de mesa neste almoço e frequentador assíduo da casa confirmou que tudo aqui servido é sempre muito gostoso. 

E atenção, vale a dica de fazer reserva e cumprir o horário pois às 12h30 a casa já estava lotada nos dois andares e com fila de espera na porta.



Serviço:
Cine Botequim
Rua Conselheiro Saraiva, 39 - Centro
(21) 2253-1414
Segunda à sexta das 11 às 23h 
http://www.cinebotequim.com.br/index.html

R$ 28,90 a feijoada individual
R$ 74,90 a feijoada para 3 pessoas

Sobre o artista
Grande Otelo, pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia, 18 de outubro de 1915- Paris, 26 de novembro de 1993) foi um ator, comediante, cantor e compositor brasileiro. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969.

Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher se suicidou logo após matar com veneno seu filho de seis anos de idade, que era enteado do ator.

Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir, foi para o Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.
Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.

No cinema, participou em 1942 do filme It's All True, de Orson Welles. O intérprete e diretor estadunidense considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Otelo fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida a com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo apareceria em dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema com Vera Regina, uma negra alta com semelhanças com a famosa dançarina americana Josephine Baker. Com o fim da dupla com Vera Regina, Otelo passaria por um período de crise até que voltaria ao sucesso no cinema com sua grande atuação do personagens título de Macunaíma (1969), filme baseadao na obra de Mário de Andrade. Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.

Teve cinco filhos, um deles o também ator José Prata.

A partir dos anos 1960 Otelo passou a ser contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como Uma Rosa com Amor, entre várias outras. Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 1990. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.

Grande Otelo morreu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.

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